28 November 2005
Voar...
De não ter segredos nem fantasmas
Poder viver a cumplicidade
Sem artifícios nem manhas
Sorrir, simplesmente
Recostar e apreciar
Fechar os olhos, abrir a mente
Abrir as asas e sonhar
10 November 2005
Estavam separados
30 October 2005
Rapazes e raparigas
De facto, na presença de duas quaisquer raparigas, muitas vezes quase que é preciso ser-se um super-detective para descobrir que não vão com a cara uma da outra. Sim, que quem as ouvisse havia de pensar que eram, no mínimo, amigas. Só no caso de se apanhar uma sozinha a falar da outra, ou de estarem na fase de não se falarem é que o observador se apercebe que algo ali não bate certo. E isto porque elas não só se falam, como conversam com um sorriso, como se tudo fosse perfeitamente natural. É um fenómeno que, honestamente, não sei explicar. É que muitas vezes chega a ir além da simples cordialidade de não querer estragar o ambiente ou não querer dar parte fraca!... Com os rapazes, pelo contrário, o difícil é não perceber que “não se gramam”. Limitam-se a inclinar a cabeça em sinal de reconhecimento, ou resumem a conversa a um simples “olá”, ou abrem as hostilidades e passam o tempo que estiverem em ocntacto a mandar bocas uns aos outros. Nem sempre é mais agradável para terceiros, mas pelo menos há que admitir que não restam dúvidas sobre o que se passa...
Por outro lado, parece-me que as raparigas se preocupam mais com estas coisas do “quem se dá com quem”. Regra geral, se um rapaz quiser organizar uma saída/jantar/festa/etc., convida as pessoas que gostaria que fossem, quanto muito inclui os “respectivos” (leia-se namorados(as)) ou diz para convidarem quem mais quiserem, e pronto, está feito. Uma rapariga com o mesmo objectivo chega invariavelmente a uma altura em que começa a pensar que se convida fulano, beltrano não vem, ou que o Joaquim não virá se não convidar também o Manel, apesar de mais ninguém gostar dele, ou que... enfim...acho que percebem a ideia... Mais uma vez, não faço ideia de qual será a explicação...
Posto isto, e porque o Post já vai longo, gostava apenas de desmistificar uma certa ideia, dizendo que em todos os casos em que tive que esperar que rapazes e raparigas se vestissem/arranjassem – e já foram algumas – os últimos foram sempre os rapazes!
21 October 2005
No regrets
23 September 2005
Bem vindo!
Há pessoas que me fazem sorrir. Mesmo quando as coisas correm mal, e me sinto em baixo, e a vida não me corre de feição. Mesmo que não saibam o que se passou. Pessoas que, se soubessem que estou em baixo, fariam tudo para me tentar animar. Sem saberem que já o tinham feito, que já me tinham animado, sem saber. Com um pequeno gesto, que nestas ocasiões tem sempre um significado especial. Com uma mensagem que me faça sorrir, com um comentário acertado, daqueles em que me lêem os pensamentos e me fazem sentir que alguém está em sintonia comigo.
A essas pessoas, queria dedicar-lhes todos esses sorrisos. Mas sobretudo queria agradecê-los. E agradecer-lhes também todos os sorrisos partilhados, todas as vezes que os seus olhos brilharam por me saberem feliz, e que os meus cintilaram com a felicidade deles. Por tudo isso, um grande OBRIGADO!
19 September 2005
Aceitei!
Tarde e a más horas, mas aceitei...
... ja depois de ter passado todo o tempo para o qual era a ideia inicial...
sera?
o titulo bem o diz:
"Um ponto em comum e um ponto de encontro entre dois amigos afastados no espaco mas nao no espírito..."
e isto no entanto continua verdade..
e aceitei! tarde e a mas horas, mas aceitei!
e viajo na tua felicidade com o teu brilho nos meus olhos..
espero que ela fique, no calor dos sorrisos abraçados
e permaneça assim.. e aumente... e levante voo...
e nao aterre nunca, porque no mundo dos sonhos a vida tem muito mais interesse!
15 August 2005
Estranhamente tranquila...
e pensar em ti
Sentir a tua falta
sem saber se te conheço,
se já te tive e te perdi,
se nos perdemos desde o começo,
ou se és o sonho que vivi...
2 July 2005
Por esses olhos...
Há muito - demasiado - tempo que não punha aqui nada, portanto aqui fica algo que escrevi há uns anos, e que redescobri há uns dias...
Era uma vez uma menina. Essa menina estava apaixonada por um rapaz. O rapaz era simpático, bem-humorado, divertido, inteligente, sensível, carinhoso e justo. E irresistível. Aos olhos dela, pelo menos. Porque esses olhos eram os olhos do amor. E quando ela se via reflectida nos olhos dele – olhos de amor também – via-se bonita. Amada. Mas sobretudo especial. E sorria. Às vezes, até largava uma gargalhada. Aí, ele perguntava o que lhe tinha dado. Ao que ela respondia: “Gosto de estar contigo”. Querendo dizer “Gosto de me ver nos teus olhos”. Ou “pelos teus olhos”. Ou “Gosto de ti”. E todos os dias a menina acordava com um sorriso nos lábios. Porque tinha sonhado com o seu rapaz dos olhos castanhos de amor. E sonhava acordada. Sonhava com ele. Sonhava um dia fazê-lo sorrir. Sorrir como ela sorria sempre que pensava nele. Um sorriso puro, pleno de felicidade. O sorriso de quem sabe que é a pessoa mais sortuda do mundo. O sorriso de quem sabe fazer parte de algo maior. Sorriso de quem ama e é correspondido. De quem sabe que nunca conseguirá compensar o outro por tudo o que ele lhe deu. Mas de quem sabe também que não importa. Que o que importa é que ambos sejam felizes na companhia um do outro. Incomensuravelmente felizes. E acordem de manhã com um sorriso. Por saberem que o outro existe. Que o sonho é realidade. E que é mantido vivo. Todos os dias. Através de pequenos gestos. Uma festa na mão. Um beijo no rosto. Um poema. Um comentário. Uma carta escondida. Uma carícia secreta. Um sorriso. Um abraço. Uma piada partilhada. Um momento de cumplicidade. Em que não são precisas palavras. Basta um olhar. Olhar para ele – nem que seja só com os olhos da mente – fá-la sempre sorrir. E esse sorriso enche-lhe o peito de alegria. Então, a vontade dela é ficar imóvel. A vê-lo. A olhá-lo. Sem sequer respirar. Com medo de quebrar o encanto. Tal como quando ele lhe chamou ladra. Dizendo que ela lhe tinha roubado o coração. Ou quando ela lhe deu o primeiro beijo. Na escuridão. E ficou à espera. Sem saber de que reacção. Ou como quando leu o primeiro poema dele. Ou como ontem. Ou como hoje. Ou como amanhã. Como todos os dias. Em cada um deles há um momento. Um segundo. Em que o tempo pára. E existem só os dois. No seu próprio mundo. O mundo do amor. E se olham. Ainda que estejam longe. E se amam. Apesar de tudo. E acima de tudo. E num par de olhos castanhos de amor está reflectido outro. Igual. Tão igual que já não são dois. É um. Um só. Cujo todo é muito – mas muito – maior do que a soma das partes.
22 April 2005
4 April 2005
The Spell Checker
Eye halve a spelling chequer.
It came with my pea sea.
It plainly marques four my revue
Miss takes eye kin knot sea.
Eye strike a key and type a word
And weight four it two say
Weather eye am wrong oar write
It shows me strait a weigh.
As soon as a miss ache is maid
It noose bee fore two long
And eye can put the error rite
its rare lea ever wrong.
Eye have run this poem threw it
I am shore your pleased two no
Its letter perfect awl the weigh
My chequer tolled me sew.
Não tenho tido muito tempo para escrever, mas mandaram-me este poema e achei que era meu dever divulgá-lo.
22 March 2005
A todos a quem se aplica
for being genuine
and staying true
to what you believe in
You move on
but you stay here
‘cause in our hearts
you’re oh so dear!
(Escrito para a despedida de alguém que conheci há pouco tempo, com quem partilhei uma casa por uns meses, e que agora regressou a casa… Alguém que me mostrou que é possível, neste mundo hipócrita, ser-se genuinamente bom e viver uma vida feliz… Ainda assim, o poema aqui fica, dedicado a todos aqueles para quem o poderia igualmente ter escrito…)
"Estes jovens hoje em dia..."
Sim, eu sei que há por aí hoje muito jovem mal-educado e até grosseiro, e que muitos jovens se vestem de forma impensável para as mentes mais convencionais, mas… experimentem andar num transporte público e dividir mentalmente os vossos companheiros de viagem em pessoas com ar descontraído/feliz, e caras de “todos me devem e ninguém me paga” – a experiência diz-me que a maioria dos jovens NÃO pertence ao segundo grupo… Já para não falar nas entradas e saídas dos ditos transportes… a juventude está perdida, mas 90% dos encontrões, pisadelas e afins que levo vêm de pessoas com idade para serem meus pais, no mínimo! … Ah, e a maior cleptomaníaca que conheço é uma velha (emprego o termo mesmo no sentido mais depreciativo possível, e não como sinónimo de “idosa”)!
E sim, é bonito vir de uma era em que os homens eram mais cavalheiros e as pessoas respeitavam os mais velhos, mas isso implica automaticamente que é normal alguém que entrou 15 minutos depois de mim ser atendido primeiro só porque o dono/funcionário da loja acha que sou uma miúda pequena? Sinceramente, não me parece que haja muito respeito subjacente a essa atitude… Aliás, já deixei de ir a lojas em que me faziam isso sistematicamente… decisão que tomei aos 10 anos de idade! Não seria de esperar que os “adultos” se tivessem apercebido da incongruência antes?
Sim, eu sei que há pessoas mais velhas impecáveis, aliás algumas das pessoas que mais admiro são “pessoas de idade”… Mas outras tantas são tão ou mais jovens que eu… Eu não digo que todos os jovens sejam impecáveis, mas uma coisa garanto: a probabilidade de eu ser antipática (ou mesmo mal-educada) com alguém aumenta radicalmente se a atitude da pessoa for de superioridade e desprezo, simplesmente por eu ser “jovem”! Lamento, mas… se não querem jovens “marginalizados”, então não os marginalizem!
Claro que estou mais do que disposta a dar indicações, ajudar pessoas a acartar pesos/carros-de-bebé/cadeiras-de-rodas para dentro do comboio, ceder o meu lugar (mesmo que não seja dos “reservados”) a alguém que precise mais dele do que eu, ou seja o que for… mas se não se importam faço-o a QUALQUER PESSOA que precise, independentemente da idade… E já agora, agradecer quando alguém vos segura uma porta aberta não é pedir de mais, pois não?
Bons velhos tempos
Mas será que os “bons velhos tempos” eram assim tão maravilhosos? “Nessa altura não havia drogados”, talvez, mas havia ainda mais bêbedos a espancarem mulher e filhos, e pior, havia ainda mais mulheres a “comer e calar”… “Nesses tempos não havia SIDA” (pelo menos nos humanos), mas as outras DSTs já por aí andam há uns quantos séculos… só que as “doenças venéreas” eram doenças dos desavergonhados, obviamente nenhuma pessoa de bem as contraía… “Nesse tempo não havia divórcios”, pois não, mas será que havia de facto mais casais felizes? “Nessa altura não havia cancro”, ou havia mas ninguém sabia o que era e as pessoas morriam de “males” e doenças desconhecidas – isto se sobrevivessem à gripe, ao sarampo, à papeira ou à varíola… “Nesses tempos as pessoas tinham mais vagar, não andavam sempre a correr”, mas para 90% delas esse tempo extra era passado a pensar de onde viria a próxima refeição…
Se eu um dia tiver a sorte de chegar a velha, só espero conseguir perceber que lembrar com ternura e alguma saudade os tempos idos não implica maldizer completamente o presente…
1 March 2005
Sol de Inverno
mas eu estou quente
O sol descobre
e eu estou contente
Nao preciso de muito
para ser feliz agora
Apenas que este sol
nao vá já embora
Preciso senti-lo
só mais um bocado
Aquecer-me por dentro
Derreter este gelado
A neura fugiu
só ficou a moleza
Nao sei se alguém viu
mas eu tenho a certeza
É um dia normal
como outro qualquer
Mas uns raios de sol
fazem de mim outra mulher
News from Home
looking into the past
Hold time just for a while,
just while these feelings last
This lingering longing
that comes after happiness;
a strange kind of wanting,
a full kind of emptiness
Happy someone wrote,
smiling at everyday news
But with a lump in the throat
brought on by the distance
that somehow seems more real
when confronted with evidence
of what you've been trying not to feel...
24 February 2005
O que é notícia
23 February 2005
Aquelas pequenas coisas que fazem sorrir
Até podia ser algo pequeno, um pormenor tao ínfimo talvez que nem nos lembrássemos disso até pararmos para nos questionarmos sobre a razao do tal sorriso persistente... falar com um amigo que nao se via há muito, passar por uma crianca na rua que sorri quando nos vê, ver um casal de idosos passear de mao dada com ar de "pombinhos adolescentes", ler uma frase engracada, ouvir a nossa música preferida de quando tínhamos 13 anos a passar na rádio, ver uma paisagem bonita, sentir os primeiros raios de sol da Primavera a aquecerem-nos o corpo... Há tanta coisa que tem a capacidade de nos fazer sorrir... Como é pena que apenas nalguns dias tenhamos a disposicao certa para, inconscientemente, deixar o sorriso fixar-se na face e ganhar raízes no espírito...
Digo a mim mesma que vou tentar reparar mais nessas pequenas coisas que podem mudar a minha disposicao para melhor, e que vou tentar manter um sorriso no rosto todo o dia... mas na realidade sei que isso nao está (só) na minha mao - a disposicao e os sentimentos sao espontâneos, ou nao passariam de pensamentos...
Por isso deixo-me ficar, com um meio-sorriso, à espera do próximo pequeno momento que me torne uma pessoa melhor... ou pelo menos uma companhia mais agradável... e equanto espero, vou recordando outros bons momentos... Porque nao?
21 February 2005
Amizades entre sexos
Porque será que tanta gente é incapaz de aceitar o meu mundo, pelo menos neste particular? Qual é, de facto, o problema? O facto de alguém ser do sexo oposto ao nosso implica automaticamente que nunca vamos poder ser grandes amigos? Li uma vez algures: “Deus deu-nos a nossa família. Gracas a Deus podemos escolher os nossos amigos!” Entao, quando “escolho” os amigos, ou quando a amizade me escolhe a mim, será que tem sequer a menor importância o facto de os potenciais escolhidos terem um cromossoma diferente do meu?
Sim, eu sei que muita gente acredita que quando se comeca a conhecer muito bem uma pessoa do sexo oposto, comeca a haver um certo grau de atraccao física... e depois comecam as crises existenciais por nao se querer deitar a amizade a perder só para satisfazer essa atraccao... E nao vou desmentir essa ideia, apesar de (ainda) acreditar que nao é necessariamente sempre assim. Mas, e se a atraccao nao for um bicho de sete cabecas assim tao grande? E se tiver só 6?;P Nao, agora a sério, e se for possível essas duas pessoas sentirem-se atraídas uma pela outra, assumirem-no e estarem conscientes disso, e no entanto nao se deixarem levar por esse caminho? Substituir os gestos eventualmente “perigosos” por outros, mais politicamente correctos? Abracar com forca, beijar a face ou a testa, e admitir: “Eu amo-te, adoro-te! Por seres quem és e me deixares ser quem sou, sem preconceitos... E por sermos grandes amigos!”
Será assim tao mau?